diálogo
Não quero mais viver na dúvida.
Provavelmente, vais sempre vivê-la.
Depende do assunto.
Quando não tiveres dúvidas, vais-te queixar do que já te queixaste. Vais ter rotina. E não vais ter histórias.
As histórias são feitas das dúvidas que já resolveste e de todas as lições que daí advieram. Não quero dizer que a dúvida se dissipa. Simplesmente se resolve para dar lugar a outra.
Hás-de ter histórias para resolver. Quando as resolveres, aparece outra. Mas é de histórias que a vida é feita. Quando estiveres a morrer, lembras-te das melhores quer sejam boas ou más. Indiferentemente, vais sorrir delas.
You’ve got a point. Por isso, vou reformular. Não quero mais viver nesta dúvida. Chegou a altura de resolvê-la e seguir em frente. Claro. Faz isso. Se precisares (e vais) pede ajuda. A quem quiseres. A um desconhecido se for preciso. E podes sempre usar a dúvida. Mas usa-a bem.
É o que irei fazer. Já não é só um objectivo. Ou uma consciência. É uma necessidade.
Tens necessidade de paz. Como toda a gente. Já a procuraste antes? Já a tive. Mas lá está. Considero a paz algo efémero. E está na altura de a ter outra vez. Mais. Mereço tê-la de novo. I need a break.
Acredito que sim. Todos precisam disso de vez em quando. Viaja, aprende, descobre. Tudo coisas novas. Ocupa a cabeça e o corpo com coisas que não fizeste antes.
E isso é exactamente aquilo que me vai manter estável, e fazer-me seguir em frente.