Quero ser futebolista, quero ser bailarina. Veterinário, astronauta. Quero ser aquilo que hoje me apetece ser.
Desde cedo que temos sonhos, as possibilidades são infinitas. No entanto, envelhecemos. As possibilidade encurtam-se. Já não podemos ser futebolistas nem dançar porque isso implicava desistir da escola. Não podemos ver sangue então operar animais está fora de questão. Ir à Lua? Não somos americanos.
Podemos ir para a faculdade. Podemos ir trabalhar e ter um bom emprego. Mas e os sonhos? Em que momento se perderam eles?
Hoje em dia faltam sonhos. Sonhos infantis como ir à Lua, construir um castelo ou apenas correr pela praia até não ver banhistas.
Falta ter consciência do impossível. Sentir que isso é possível. Aquela voz pequena na cabeça que a passar por um sítio diz ‘’vai!’’ mas o resto da cabeça diz ‘’tens de ir trabalhar/estudar/qualquer coisa’’.
Os sonhos faltam porque a dado momento deixaram de fazer sentido. Houve um dia, ao acordar, o sonho deixava de parecer atingível. ‘’Sonho ser primeiro-ministro porque quero ajudar as pessoas’’, esse era o meu sonho desde criança. Deixou de ser concretizável não sei quando.
Mas faz falta ter esses sonhos. A obra nasce quando se sonha. Realiza-se tudo quando o sonho puxa a obra.
Os sonhos fazem falta. Muita. E lá por teres desistido deles, não significa que a próxima vez que dormires, eles não estejam lá. Resta-te abrir os olhos e lembrares-te deles. E acreditar. E fazer. It's not that difficult.