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Polaroid

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31
Out11

Liberdade, justiça, igualdade, alegria, beleza, paz

José Maria Barcia

De boca cheia saem estas palavras todas de quem não as merece dizer. Passam por armas de arremesso, escudos que impedem seguir em frente.

A liberdade de se ser. A justiça para o conseguir ser. A igualdade de oportunidades para poder ser. A alegria de o ser. A beleza inerente e a paz que daí advém. Parece simples e até é. Em palavras. Sem segundas intenções. Estes são fins e meios. Não é um meio para outro fim nem um fim através de outros meios.

 

Estas palavras são usadas muitas vezes da maneira errada. ''Freedom fighters'' é em si uma contradição. Fazer justiça através da força, da morte é outra. Igualdade para todos quando nem todos merecem ser tratados da mesma maneira. Alegria atingível rápida e facilmente, torna-a supérflua. Beleza que implique passar fome, ter as melhores roupas ou o melhor penteado não é beleza. E paz. Guerra para ter paz.

 

Não.

 

As conotações erradas de palavras com valor absoluto é um impeditivo do objectivo das mesmas. Não se pode nem se deve usá-las levianamente. Ensinaram-me que há palavras que não se devem usar muitas vezes porque perdem o seu valor. Na altura, essas palavras eram ‘’obrigado’’ e ‘’desculpa’’. Mais de uma década depois, junto estas 6. Desconfio de quem as usa muito pois não sabem o seu verdadeiro significado. Pois não podem. A repetição constante de uma palavra cria uma estranheza na sonoridade desta. E não me refiro só à política. Há no dia-a-dia exageros destas palavras. Justiça para todos! Liberdade sem limites! Iguais somos todos! Seja alegre! Seja belo! Tenha paz!

 

Não.

 

Recuso-me a aceitar viver numa sociedade que acha que a justiça é igual para todos. Que todos merecem a liberdade tida quando abusam dela. Muito menos que somos todos iguais. Nem pensar: todos diferentes, todos diferentes. Alegria? Mais vale tentar ser feliz. E a beleza? A física é efémera. Tão que às vezes basta um dia. Por fim a paz. Talvez, no último dia. E só depois do último fôlego.

 

Portanto, fica aqui a minha carta aberta contra o uso e abuso destas palavras.

 

Não as usem tanto pois perdem valor. E de palavras belas está escasso ele mundo. Não as estraguem.

30
Out11

Galeria dos Famosos

teresanicolau

Disseram-me uma vez, que tinha de tirar fotografias com as personalidades conhecidas que me apareciam na vida profissional. Um De Niro ou uma Deneuve, mas também um Chef Avillez, sem esquecer uma Simone Veil, ou um Raúl Solnado. Tinha a ver especificamente com uma espécie de mapeamento da carreira profissional, a elaboração de um arquivo que, mais tarde, pudesse dar fundamento a uma publicação qualquer, comemorativa de outra coisa. Lá fui escapando aos momentos gloriosos, por um esquecimento e talvez uma vergonha ou outra, confessando que os dois únicos autógrafos pedidos, foram direitinhos para as mãos de outras pessoas. Um à atriz Juliette Binoche e o meu mais difícil, à coreografa Pina Bausch. É como se fosse um complexo infantil qualquer, que me coloca sempre nesse embaraço de fazer a pergunta: Posso tirar uma fotografia? Ainda assim, não há quadro, escultura , anjo na terra, que não guarde entre esses arquivos digitais que nos esquecemos de olhar. Ailás, as saudades que tenho de todas as fotos que a família, as amigas, que vamos tirando e, que por impossibilidades temporais ou outras imbecilidades, acabamos por nunca oferecer ou partilhar sequer. Aliás, acho até que, para além da falta de fotos, falta-nos mesmo isso tudo que é mais analógico. O contacto direto. Adiante. Sim, porque em presença tenho tido, cada vez mais esses desconhecidos que fazem notícia. E vou então partilhando esse momento único que é a vida com perfeitos estranhos, que chegam a ser confessionários construídos, daquelas casinhas de madeira, com uma grelha pelo meio, mantendo possível o anonimato, mesmo de cara descoberta. Muito se diz, para nunca mais voltar a ser repetido. São essas pessoas, que lá me vão ouvindo, em momentos perfeitamente imprevisíveis, em lugares longínquos, a horas desadequadas. com esta "quest", como dizem os ingleses, dos "Portugueses Extraordinários" (RTP), de um lado para o outro, sempre meio a correr por autoestradas e becos sombrios ou montanhas luzentes, acabo por encontrar uma família. Desde o senhor Pinto que tem uma nogueira centenária no quintal, que arrendou há mais de 50 anos, lá no meio da vila, passando pela Sandra e pela Tatiana, que vão todos os dias dançar ao Centro que a Carla criou para elas. Num destes dias, e pela primeira vez em tanto tempo, senti a falta de uma máquina fotográfica, daquelas que têm o prodígio de colocar um bando de estranhos juntos e a sorrir, por um momento. Na mais recente reportagem, o senhor Grifo emocionou-me pela sua paixão pelo teatro, a Otília contagiou-me com tanta inocência aos 40 anos, a Tia Maria Zé abraçou-me como se fosse minha avó. E depois, a despedida que não tinha mais fim, o afastamento que nem se conseguia, mesmo que "Adeus" fosse dito mais de cinco vezes sem conta.

É com estas pessoas que quero tirar fotografias. A partir de agora. Para a minha Galeria dos "Famosos".

 

PS: Esta crónica é dedicada à equipa Extraordinária dos "Portugueses Extraordinários" (RTP) com quem me arrependo de não ter tirado uma fotografia, em rodagem. Obrigada.

 

 

 

28
Out11

Amor, amor, las nubes a la torre del cielo.

João Gomes de Almeida

 

Gostava que o mundo por momentos parasse. Gostava de sentar-me no teu colo, sim porque os homens também gostam de colo, e poder dizer-te o que sinto, com a mesma força com que me agarro às teclas do computador e escrevo este texto.

Adorava ser, só por esta noite, um mendigo estacionado num beiral da Gran Via, só para te ver passar, para expiar os teus movimentos e sorrir com a graciosidade com que levitas sobre a calçada suja, ao ritmo do som abafado e do calor de Inverno que reflecte a movida, aquela que te leva da Puerta del Sol para a Plaza Mayor - como que fugindo de mim para parte incerta.

Adorava que o mundo por momentos fosse só nosso, que as noites não tivessem fim e que a vida se limitasse a ser vivida. Adorava que o Guernica fosse mera imaginação de Picasso e que a guerra não fosse a mais podre invenção do homem - transportada para o presente através da guerra que é acordar para vivermos o dia a dia.

Nunca pedi uma vida fácil, eu sei, mas também nunca lutei para a ter, sempre gostei mais de curvas apertadas do que de rectas fáceis onde apenas temos que acelerar em frente, sem lombas, sem chuva e sem Inverno - aí está, sempre gostei mais da chata chuva do Inverno, do que do fácil calor do Verão. Tu, sempre foste como eu.

Amar não é fácil, amar-te também não e amares-me muito menos. Seremos sempre guerreiros e pilotos da nossa vida, indo sempre pelas curvas, até onde nos leva a vontade de encontrar-mos a nossa paz. No fim, morreremos, como todas as pessoas - mas teremos sido sempre nós, felizes, diferentes, apaixonados, rebeldes e essencialmente nós próprios - um todo, que me fez abandonar o singular a meio deste texto, para te dizer: amamo-nos. 

 

 

Amor, amor, las nubes a la torre del cielo 
subieron como triunfantes lavanderas, 
y todo ardió en azul, todo fue estrella: 
el mar, la nave, el día se desterraron juntos. 

Ven a ver los cerezos del agua constelada 
y la clave redonda del rápido universo, 
ven a tocar el fuego del azul instantáneo, 
ven antes de que sus pétalos se consuman. 

No hay aquí sino luz, cantidades, racimos, 
espacio abierto por las virtudes del viento 
hasta entregar los últimos secretos de la espuma. 

Y entre tantos azules celestes, sumergidos, 
se pierden nuestros ojos adivinando apenas 
los poderes del aire, las llaves submarinas.

 

Pablo Neruda

 

 

(da próxima vez vamos os dois, mas ao Chile, ter com o Pablo.)

26
Out11

A televisão em Portugal ou a estupidificação das massas

José Maria Barcia

Pegue-se nos 4 canais regulares da televisão portuguesa. Veja-se a programação para um qualquer dia semanal. De manhã, Jorge Gabriel e uma data de outros apresentam a Praça da Alegria na RTP,  a querida Júlia aos gritos na SIC, o ''Você na TV'' com o Goucha e a outra-que-agora-mudou-de-cor-de-cabelo-mas-antes-ficava-muito-melhor na TVI. Telejornais à hora de almoço, telenovela a seguir ao almoço, programa que parece uma repetição dos programas matinais, mais telenovelas, os programas pré-telejornal ao fim da tarde, telejornal e por fim, as grandes apostas para aquele período após o jantar e antes de dormir. Sem contar com os filmes que começam à meia-noite e as televendas.

 

Ora, por bem, diga-se que cada um tem o que merece. Só vê televisão quem quer e se há este tipo de programas é porque são vistos, economia de mercado, etc, etc, etc.

 

No entanto, e para quem não tem mais que os 4 canais, a escolha não é grande.

 

Voltemos à manhã televisiva: são programas populistas que não ensinam nada apesar de ser possível criar-se uma opinião falsamente justificada de quem os assiste. Ou porque chamam um especialista para fazer de reumatismo ou porque o mesmo ''especialista'' vai falar de política ou economia. Ou crimes, também já vi.

 

Depois, há o telejornal. Não quero entrar por aí.

 

Depois as telenovelas pós-almoço. Neste momento são a ''Revelação'' na RTP, ''Perfeito Coração'' e ''Alma Gémea'' na SIC e ''Ilha dos Amores'' na TVI. Fantásticas produções lusas e brasileiras, decerto.

 

Chegando aqui, já levámos com gritos e histerias, opiniões pouco formadas e sugestões para as hemorróidas nos programas da manhã, já ficámos um bocadito mais deprimidos com as notícias, e ligeiramente atordoados com as telenovelas. É hora, então, de voltar com os gritos, as coisinhas de nada da vida que merecem tempo de antena, as melhores receitas para o puré de batata com carne ou como fazer um ovo estrelado sem frigideira (pelo que percebi, usa-se o forno, papel de alumínio e uma coisa que parecia uma frigideira).  Mais parvoíce. É fast-food televisiva, barata, rápida e de difícil digestão.

 

Chega as 6 da tarde. Hora dos canais apresentarem os programas de peso. Há que cativar o público que chegou a casa. O ''Peso Certo'' na RTP, ''Morde e Assopra'' na SIC e ''Morangos com Açúcar'' na TVI. E é isto o melhor que têm?

 

Jornal da noite, mais más notícias.

 

Prontos para relaxar a seguir a um dia destes, a ver televisão o que quer o povo ver? O ''Elo mais Fraco'', gordos a correr de um lado para o outro e um programa qualquer de malta saída de um hospício. Deixemos a RTP de lado, pois sendo pública é a única com a programação pós-almoço menos estupidificante.

 

O ''Peso Pesado'' e a ''Casa dos Degredos'', perdão ''Segredos'' são um insulto a quem os vê. Pior, é um auto-insulto. ''Eu sou tão idiota que vejo esta bosta'' ou então ''Já nem quero saber, vou ver esta bodega''.

 

Eu já vi estes programas e juro que me estarreci. Se o primeiro é uma falta de consideração para quem participa o segundo pior é para os que lá têm ''missões'' dignas de um chavalo de 6 anos que na escola tem de fazer um teatro com os colegas. Se aquele se aproveita do excesso de peso dos concorrentes, este usa e abusa o défice de inteligência, o excesso de músculo, mamas e silicone dos que parecem o IKEA: eles armários, elas fáceis de montar.

 

Fiquei parvo com o que vi. Literalmente parvo. Deixei de conseguir falar ou executar algumas das actividades mais básicas. Felizmente recuperei rapidamente. Esta coisa de ver televisão todo o dia é muito perigoso. Principalmente sem MEO ou ZON. Ou Internet.

 

25
Out11

O IDP apresenta: Esta quinta-feira, às 21h30, no Príncipe Real (em frente ao pavilhão chinês) - Fabrico Infinito / BABEL

João Gomes de Almeida

 

Com o Juiz Rui Rangel (Presidente da Associação de Juízes pela Cidadania), Virgílio Castelo (Actor, encenador, apresentador e ficcionista português.), João Palmeiro (Presidente da Associação Portuguesa de Imprensa e da Confederação Portuguesa dos Meios de Comunicação Social), Diogo Anahory (Publicitário, Director Criativo e Partner da BAR. Um dos dois primeiros criativos portugueses a vencerem o Leão de Ouro no festival de publicidade de Cannes e júri do próximo Eurobest - The European Advertising Festival) e Ana Markl (Apresentadora do programa de televisão "Costeleta de Adão", no Canal Q).

  

QUINTA-FEIRA, 21H30 - PRÍNCIPE REAL - LISBOA 

 


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24
Out11

Os rebeldes corajosos

José Maria Barcia

Já me disseram que não se deve ter medo. Já me disseram que se deve ser herói. Também já me disseram que se deve dar o peito às balas.

Dizem ainda que este mundo está cheio de cobardes. que estes não fazem nada, não saem de casa, não gritam nem esperneiam quando têm o direito e o dever de tal.

 

Dizem que as pessoas têm medo das consequências dos seus actos. Que há regras e limites que devem ser respeitados a todo o custo.

 

Mas depois aparecem os rebeldes, os que estão contra o sistema porque o sistema é dos outros. Os indignados deste mundo e aqueles que não se sujeitam a regras impostas pelos outros. Regem-se pelas suas próprias regras. Qualquer coisa como ‘’na minha vida mando eu, não me interessa os outros’’. Ora, acho muito bem. A vida está difícil e a situação vai piorando a olhos vistos. Mas há aqui um pequeno problema: quem são vocês? Estes anarca-rebeldes que têm as mesmas regras. São todos contra o sistema mas assim são vocês um sistema. São uma matilha de hienas controlados por uns mais inteligentes que a larga maioria. Vocês falam, gritam e queimam coisas. Fumam coisas estranhas à frente da AR. Que fixe. Que me dera ser tão rebelde. E inteligente. E já agora, ter a coragem de chamar todos os nomes possíveis a quem não conhecem. Melhor só mesmo instigar a violência. De um grupo de milhares para umas dezenas. E claro, para vos encontrar só na primeira linha de combate. Que fixe, pá!

Deixem-me que vos diga só uma coisa. É evidente a minha falta de capacidade para atingir um estado de cidadania como o vosso. Nunca terei tanta coragem como o mais medroso entre vós. E quem me dera ser tão rebelde e nunca aceitar críticas.

 

Os corajosos não fazem isso. Corajoso é aquele que não precisa de audiência para o ser. O verdadeiro rebelde não se esconde na multidão, essa massa de gente sem cara nem responsabilidade. Mais valor dou a uma pessoa que se mete à frente de um tanque sozinho e de dedo médio empunhado. Quantos de vós, meus caros,  seriam sequer capazes de enfrentar cara a cara quem insultam?

 

Claro que não se deve ter medo. Mas há mais coragem num pai ou numa mãe que criam os filhos sozinhos, ou num filho que trabalha em vez de estudar para ajudar os pais. Vocês não são indignados nem rebeldes. Esses sabem o que dizem e principalmente por que o dizem. Vocês não falam por eles e se o fizessem, coitados deles.

 

Betos com roupas mais fashion e cheiro a mofo não significa rebeldia.

23
Out11

Tenho uma história para te contar

teresanicolau

Está difícil, deixar de falar sobre o assunto. Faz, de tal forma, parte da minha vida, que levanto-me e deito-me a pensar no mesmo. Estes "Portugueses Extraordinários"(RTP) que vou conhecendo, nem sempre são os mais visíveis. Ainda esta semana, a menina tinha apenas tamanho para ocupar uma daquelas pequeninas cadeiras de infantário, corpo franzinho e umas mãozinhas tremulas. Mas era menina para lá dos 6 anos, de voz forte e vontade de abraçar. Esse, o abraço, é sempre complicado, porque não nos queremos envolver demasiado, porque achamos sempre que a distância nos pode proteger. Não é verdade. A possibilidade desse mesmo abraço, não salva apenas quem o pede. Salva-me a mim, sempre que me estendem umas mãos desconhecidas.

A menina, chamemos-lhe Ana, assistia à entrevista a uma volutária de história dramática. Dois irmãos assassinados, uma amargura imensa, da qual se libertou quando decidiu na vida ajudar os outros. Aquela "coisa" de que a tragédia do outro pode sempre ser maior do que a minha, em mim, fez tremores. Pensei: como é possível, que dor imensa.  Mas havia outra. Uma tragédia terrível ali mesmo, ao lado. A Ana, do terror dos seus pouco mais de 6 anos, puxou a minha cara, com cuidado e delicadeza de borboleta e disse: "Tenho uma história para te contar. Mas não para as câmaras." E continuou. "No outro dia, bateram-me no meu pai. Estavamos a ir para casa e apareceu um homem que o agarrou e lhe bateu muito. Fiquei muito zangada e quis ir ter com o meu pai, mas as vizinhas agarraram-me e não me deixaram. Gritei e bati com os braços e com as pernas, mas elas seguraram-me. Ele bateu no meu pai e eu fiquei tão triste." Uma menina, de pouco mais de 6 anos, procurava defender o pai, toxicodependente.

Só pude oferecer o meu colo.

 

 

Esta, é uma história que não vai aparecer na televisão.

 

http://tv1.rtp.pt/programas-rtp/index.php?p_id=28078&e_id&c_id=1&dif=tv

 

 

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O Polaroid podia ter ganho o prémio de Blog Revelação do ano 2011 da TVI24, mas infelizmente vocês são uns leitores do caraças e não votaram em nós! Mesmo assim, vamos continuar a escrever, sendo que quem levou a taça foi o @ChicodeOeiras e a sua malta esquerdista! Já percebemos que vocês preferem o Mao ao amor e o Enver Hoxha aos nossos textos bonitos! . Agradecemos a vossa ajuda! Obrigadinho malta!


PS - O Zé Maria obrigou-nos a colocar no final disto: "mas continuamos a gostar de vocês".

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