Felicidade efémera OU resumo da noite
Seja por sinceridade ou por excesso de gin (dificilmente se distingue) é possível chegar a um estado de sorriso. Entenda-se por sorriso aquele estado de felicidade efémera, como o título diz.
Esta dita felicidade vem da conversa, do desabafo, da partilha. Vem do amor, com caixa baixa porque o amor com caixa alto é muito mais complicado. Esse amor traduz-se na partilha de vida com outros. Vem da amizade. E a amizade pode ser recente, muito recente ou longo como o raio. Não interessa. Amarás quem te apetecer. Por que motivo te apetecer. Porque sim, no fundo. Assim de um modo piegas porque é a ser piegas que a malta se entende.
Hoje estava mal e falei e bebi. Uma sem outra não funciona. Se só falares sem beber não chegas a nenhuma conclusão. Ou melhor, até chegas mas não entra, diga-se. Se só beberes sem falar entras numa espiral depressiva. O que é uma maçada auto-explicativa.
Voltando ao título, agora sorrio. Não interessa o meu drama actual. Há-de interessar, amanhã, e possivelmente de ressaca. Agora, neste presente, o sentimento é felicidade de sorriso. Aquele estado que te põe um sorriso na cara, mantém e prolonga.
E, no fundo, é disto que cada um vive. Da busca e espera desse sorriso. Daquele instante em que o sorriso não vai embora, que nada mais interessa, que o universo pára. Tal e qual um primeiro beijo.
E agradece a quem tiveres que agradecer quando a noite acabar com ''Para ti, um abraço''. Significa que vales a pena. Significa que vales qualquer coisa. E aí, quando e se chegares aí, já és mais que muitos. És alguém.