O meu amor, com A minúsculo
O Amor não pode ser tão absoluto como outros valores como a vida ou a dgnidade humana. O amor pode ser relativo mas não deixa de ser um dos mais importantes valores que cada um pode ter.
Cada um ama da sua maneira e com a sua intensidade. Para uns envolve flores, chocolates e beijinhos. Para outros, apenas um olhar significa um amor do tamanho do mundo.
Ainda há, aqueles pobres coitados, que não sabem o que é o Amor. Confundem-no com tanta coisa. Tanta e tão acessória coisa. Desses tenho pena. Não serão felizes. Mais feliz é aquele que sofre por Amor que aquele que nem sabe o que Amor é.
Amor, o meu verdadeiro, é aquele que faz parar o universo. É aquele que num primeiro beijo o mundo para. Tudo fica imóvel. Mas engane-se quem acha que isto é fantasia. O amor verdadeiro é tão raro que quando acontece o mundo para mesmo. Niguém entende mas acontece.
O primeiro beijo, imobilizador do universo, tem força indestrutível. Qual bomba atómica qual quê ao pé de um primeiro beijo.
O Amor tem de doer. Para que seja uma sensação agradável é preciso ter uma sorte enorme. O Amor é o único fio conduzido pelo destino. Daí a sorte.
O Amor é luta. E, normalmente, uma pessoa magoa-se numa luta. Leva nos cornos, diga-se. E outra vez, com sorte ganha.
O Amor só é lindo no fim. Na concretização, na conclusão do sentimento. No fundo, quando passa a partilha. E para isso é preciso sorte.
É tal a sorte que quando se ama alguém verdadeiramente, é fruto do acaso, logo a sorte, ter conhecido essa pessoa. Ninguém ama aquele ou aquela que conheceu porque estava combinado. Não. O Amor é suposto ser imprevisível. Aquela amiga que nunca considerávamos capacidade para amar, aquelaconhecida do fundo da rua, aquela desconhecida que afinal não é tão desconhecida.
O amor, além de fortuito, é sacana. Nunca ninguém se apaixonou por quem devia. Nunca ninguém se apaixonou com quem devia.
E por aqui fico que estou cansado e quero dormir.
Há-de vir a segunda parte deste texto, quiçá, breventemente.